Ensinar Língua Portuguesa: Uma tarefa cada vez mais difícil.
São muitos os textos jornalísticos
que abordam as dificuldades dos nossos alunos em se expressar por escrito. Por que depois
de 12 anos na escola, os resultados são tão ruins?
Analisando a nossa língua mãe, verificamos que, para nossos
educandos,
ela é bastante corriqueira, parecendo uma disciplina qualquer.
Isso é muito ruim, levando-se em conta que a utilizamos vinte quatro horas por
dia (inclusive em sonho). Esperávamos, pelo menos, um resultado melhor de
nossos alunos.
Analisando
também o currículo de 1º e 2º graus, vimos com certa preocupação, o ensino da
metalinguagem, ou seja, as estruturas gramaticais, quando na verdade deveríamos
ensinar o uso da língua e não o saber a respeito dela.
Não
estou dizendo, com isso, que a gramática é inútil, porém o aluno precisa saber
usar a língua nas mais variadas situações de interlocução.
O nosso
aluno, infelizmente, tem medo de escrever, pois tem medo do novo, tem medo de pensar, diz
que não sabe escrever. Bem, escrever sabe, o que falta é coordenação,
reflexão. e,
principalmente leitura,
sem isso fica muito difícil produzir um bom texto.
Com a
redemocratização política, vieram novos perfis de provas de vestibulares.
As universidades estão valorizando a produção de texto e a interpretação.
Portanto,
está na hora de uma reformulação no ensino da
Língua Portuguesa ao menos no 1º grau, 1º
segmento, para que o aluno não ingresse
no 2º segmento e ensino médio com o hábito de não saber usar sua própria língua.
Roberto Reis dos Santos é mestre em Língua Portuguesa.
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