Sujeito
O sujeito pode se apresentar como um pronome, um substantivo, um numeral, uma
palavra substantivada ou uma oração substantiva. Pode vir
antes ou depois do verbo; no começo, no meio ou no final da frase.
Observe alguns exemplos:
As casas foram pintadas.
Aconteceram muitas brigas entre eles.
Neste inverno, ocorreram diversas geadas.
Tipos de Sujeito
01)
Sujeito Simples: é aquele constituído de apenas um núcleo. O
núcleo do sujeito será representado por um substantivo, por um pronome
substantivo ou
por qualquer palavra substantivada. Núcleo é a palavra mais importante do sujeito.
Exemplo:
A menina
foi
à escola.
Quem foi à escola? Resp.:
A menina. Sujeito Simples.
02)
Sujeito Composto: é aquele constituído de dois ou mais núcleos. Os
núcleos do sujeito composto são, quase sempre, ligados pela conjunção e.
Exemplo:
O aluno e a professora
ofereceram ajuda ao colega.
Quem ofereceu ajuda? Resp.:
O aluno e a professora. Núcleos =
aluno, professora - Sujeito Composto.
03)
Sujeito desinencial:
quando fica subentendido na desinência do
verbo. Ocorre em duas situações.
a) Quando perguntarmos ao verbo quem é o sujeito e obtivermos como resposta os pronomes
eu,
tu, ele, ela, você, nós
ou vós,
sem estarem escritos na oração. O sujeito desinencial também
pode ser chamado de sujeito elíptico, oculto, ou sujeito subentendido.
Exemplo: Andamos a cavalo.
Quem andou? Resp.: Nós. Como o pronome não está expresso na oração, ele é
desinencial.
b) Quando o sujeito não estiver escrito na oração, porém aparecer claro em orações
anteriores.
Exemplo: Os deputados chegaram ao Rio de Janeiro ontem à noite. Terão um encontro
com o governador.
Quem chegou ao Rio de Janeiro ? Resp.: Os deputados. Núcleo = deputados. Sujeito Simples.
Quem terá um encontro? Resp.: Não surge o sujeito escrito na oração, porém na
oração anterior aparece, com clareza, quem é o sujeito =
os deputados. Portanto,
sujeito desinencial.
04)
Sujeito Indeterminado
: ocorre quando
não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o predicado da oração
se refere.
Em português, há duas formas de indeterminação do sujeito. Veja:
Regra 1
Verbo na terceira pessoa do
plural na voz ativa. ( O pronome pessoal
eles
tem que estar subentendido)
Exemplo: Quebraram a vidraça.
Quem quebrou a vidraça? Resp.: Eles. Não está expresso na oração, nem aparece, com
clareza, portanto sujeito indeterminado.
Regra 2
Verbos
na 3ª
pessoa do
singular + partícula de indeterminação do sujeito
SE.
Exemplo: Vive-se bem aqui.
Precisa-se de professores.
IPC:
Nesse
caso, só acontece sujeito indeterminado se o verbo for intransitivo ou
transitivo indireto.
IPC:
Em frases como
“Vendem-se
casas”,
compram-se
terrenos”,
“alugam-se
apartamentos”,
as
palavras
casas, terrenos, apartamentos
são
sujeitos dos
verbos
vendem, compram, alugam.
Por
isso, esses verbos estão no plural, concordando com o sujeito. ( são verbos
transitivos diretos e o
SE
é partícula apassivadora).
05)
Orações sem sujeito ou sujeito inexistente:
Haverá oração sem sujeito ou sujeito inexistente quando não for atribuído fato a ser
algum.
Como acontece esse tipo de sujeito?
a) Com verbos que indiquem fenômenos da natureza: ( ventar, chover, amanhecer, anoitecer,
relampejar, nevar, gear, trovejar )
Exemplo: Choveu muito em Santa Catarina.
Ventou bastante ontem..
IPC: Quando esses verbos aparecerem na oração com sentido figurado, haverá sujeito.
Exemplo: Choveram pétalas de rosas em minha casa.
Trovejaram palavras de baixo calão.
b) Verbos
ser, estar,
indicando clima ou tempo
cronológico.
Exemplo: É primavera,
mas parece verão.
Está
frio hoje.
São
duas horas.
c) Verbo
fazer
indicando clima ou tempo decorrido.
Exemplo: Faz dias
que não vou a sua casa.
Faz três
dias que não a vejo.
d)
Haver, significando
existir
ou
acontecer, ou indicando tempo decorrido.
Exemplo:
Há muitos problemas naquela casa.
(Existem...)
Há
dois anos ele esteve aqui em casa.
e)
Passar de, indicando
horas.
Exemplo: Já passa das 15h.
f)
Chegar de
e
bastar de, no imperativo.
Exemplo: Chega de matéria.
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